terça-feira, 3 de julho de 2007

Fisicamente Incapaz

Fisicamente Incapaz

Por Guilherme G. Henschel


No frio momento angular,
Momento linear de minha alma,
Impulso sinestésico da calma,
No gélido momento de pular.

Sinto raiva, sinto fúria, IRA.
Não sei o que sinto, não saberei,
Se pelo menos soubesse quando morrerei.
Sinto dor, tempo lúcido da mentira.

No movimento circular da razão,
Perco-me na inércia de minha emoção.
Sinto energeticamente potenciável,
Como se gavitacionalmente amável.

Sinto amor, sinto compaixão, PAZ.
Não sei o que faço, nunca sei.
Se pelo menos souber, avisarei.
Sinto calma, lucidez, sinto-me capaz.

Na queda livre da inútil lucidez,
Na variação da energia me entrego.
N’um impulso gaussiano me nego,
Para um momento de extrema avidez.

Sinto-me inútil, incapaz, VORAZ.
Só sei o que faço, sem dó ataco.
Só sei que ataco, não mais o faço.
Sinto-me renovado, momentaneamente audaz.

No impulso magnético da visão,
Perco-me na corrente elétrica mental.
Sinto-me fisicamente elemental,
Sinta a interação violenta da audição.

IRA, PAZ, VORAZ, nunca mais.
MAS... ainda sim fisicamente INCAPAZ.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gui... só um comentário... você está estudando física demais cara... é sério... você está usando isso como recurso de linguagem nos seus poemas... e de boa, quando você começa a escrever poemas com física... é como quando eu começo a fazer piadas de jurista... elas demonstram que nós estamos estudando demais... hihihi... fora essa observação, lindo poema!! ;)


beijinhos!!!

PRIMEIRAAAAAA!!